E-lixo: desafio e oportunidade para empresas da era eletrônica

05/02/2018

Por Gloria Branco - jornalista independente

Segundo a ONU, a indústria eletrônica gera a cada ano quase 50 milhões de toneladas de lixo provenientes de computadores e smartphones

Cada vez mais, os equipamentos eletrônicos estão tomando conta do nosso dia a dia. Computadores, notebooks, tablets, smartphones, televisores e vídeo games são apenas alguns exemplos dos dispositivos que ocupam nossa rotina diária pessoal ou profissionalmente. É fato que alguns deles se tornaram essenciais para nossa sobrevivência num mundo hiperconectado, e as empresas não poupam investimentos para criar mais necessidades, nos levando a comprar cada vez mais.

Mas o que fazemos com os equipamentos eletrônicos que não usamos mais? A constante demanda por inovação aliada a fatores econômicos e empresariais contribui para o descarte precoce dos equipamentos, tornando os chamados Resíduos de Equipamento Eletroeletrônicos (REEE) muito presente na atualidade.

Entretanto, existe uma ausência de soluções para o descarte e destinação desses resíduos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, não há nenhuma política especifica para o descarte de lixo eletrônico. A maior cidade da América Latina fica devendo em logística de reuso e educação ambiental relacionada à reciclagem do chamado e-lixo.

As soluções locais relacionados ao processo de reciclagem de eletrônicos estão partindo de empresas e negócios emergentes que procuram incentivar o reuso dos equipamentos até a exaustão de sua vida útil. Seguindo as normas previstas na PNRS - Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída na lei 12.305, de 2010, A Eixo -TI é uma dessas empresas emergentes.

Especializada em reciclagem de eletrônicos e no desenvolvimento de equipamentos remanufaturados, a Eixo - TI está associada à Assespro - SP, um grupo de empresários que visa contribuir com a evolução e o amadurecimento do mercado brasileiro no que diz respeito às novas tecnologias para o crescimento das empresas.

A Eixo TI revela que entre as bases para concretização da reciclagem dos eletrônicos estão etapas como logística reversa, triagem, manufatura reversa, descarte e destruição. Cada etapa requer recursos financeiros, tecnológicos, processuais, mão de obra especializada e são tratadas como elos independentes dentro do supply chain da reciclagem.

Algumas etapas já trazem receita para empresas dedicadas ao processo e oportunidades para novos negócios, com destaque para a triagem dos equipamentos coletados visando a melhora no rastreamento e no reuso para microempresários em processo de inclusão digital, fomentos produtivos em comunidades, projetos de inclusão e formação digital, auxiliando na diminuição dos custos de capacitação reinvestidos regularmente pelo setor empresarial.

O processo de extração de metais existentes nos eletrônicos não é realizado localmente por falta de tecnologia e incentivos para ampliar o mercado de reciclagem. Sendo assim, todo o material arrecadado e destinado corretamente é exportado para países detentores do maquinário necessário. Se houvesse uma maior preocupação nacional, novos postos de trabalho relacionados à reciclagem do e-lixo poderiam ser criados.

Por isso, a Eixo - TI e a Assespro - SP acreditam tanto na importância da educação ambiental para uma solução de longo prazo. Para mitigar a problemática dos REEE as pessoas em suas casas e locais de trabalho precisam investir na coleta seletiva, e o instituições públicas e privadas em aumento no número de postos de coletas, bem como na logística reversa eficiente e com custos plausíveis.

Material divulgado por:

IDG Now! O mercado de eletrônicos pode gerar oportunidades para startups brasileiras


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